Barreiros,
uma história de sucesso.
A História
Os primeiros habitantes das terras que viriam
a ser Barreiros foram os índios Caetés. Para catequese dos Caetés e de outros índios, o governo português designou uma missão
franciscana composta de 4 padres capuchinhos. O Padroeiro era São Miguel Arcanjo. A missão foi fundada aproximadamente entre 1590 e 1593. Ficava então a Aldeia de
São Miguel do Uma ou Iguana ao sul do Rio, terras onde funciona hoje o Hospital Colônia.
Depois da guerra contra os holandeses, os índios de número já reduzido, sem condições de cultivar, aforaram boa parte
das terras aos coronéis (senhores de engenho). Em 1872 (aviso do ministério da Agricultura), foi extinta a Aldeia de São Miguel
(distribuídas em lotes). Estabeleceram-se poucos engenhos: São Pedro, Linda Flor, Cachoeira Alta, Sapé, Santo Antonio, Passagem
Velha, Serra D´água, Bombarda, Boca da Mata, Campina, Pau Ferro e Morim. A povoação nova passou a se chamar Barreiros, e os
primitivos, Barreiros Velho. O nome veio das escavações, no solo de barro vermelho, feitas pelos porcos caitetus. O centro
do novo povoado era onde fica hoje a Praça Estácio Coimbra.
Em 1853 (Lei Provincial nº 314), Governo José Bento da Cunha Figueiredo, Barreiros foi elevada à categoria de vila.
Em 03 de junho de 1892, a lei Estadual n٥ 38, sancionada pelo Governador
Barbosa Lima, elevou Barreiros à categoria de cidade. E, no dia 03 de agosto desse ano, era votada pelo Congresso Estadual
a Lei Orgânica dos Municípios de Pernambuco. Então, em 23 de fevereiro de 1893, o Dr. José Nicolau Pereira dos Santos constituiu-se
o primeiro Prefeito do município. 2006, Barreiros fez 146 anos de Emancipação
Política, sob a administração de então prefeito Cleto Gilberto.
Texto de Ivon Andrade,
adaptado.

Segundo o IBGE
Histórico
Por uma concessão régia de Portugal, no princípio do século
XVIII, existiu uma aldeia de índios, cujo chefe se dizia
descendente do grande Camarão e que ficava localizada onde
hoje é o engenho Benfica, então o Morgado do Cabo. concessionário de uma sesmaria de
cinco léguas de terra. A referida sesmaria começava na Pedra do Conde, na praia de Tamandaré.
e, tomando para o sul, abrangia grande parte dos terrenos atuais do município, onde
foram erguidos os seus primeiros engenhos: Caraçu e Buenos Aires. A referida aldeia ficava entre esses dois engenhos. Os índios faziam grandes e freqüentes estragos nas lavouras circunvizinhas. Então, como uma medida protetora, o Morgado procurou conseguir do Governo a permuta dos terrenos dos índios por outros mais próximos
do rio Una, onde eles pudessem viver da pesca e da caça com
relativa facilidade. Deslocaram-se então, os índios para
as margens do rio Una e situaram-se no ponto mais elevado. Aí foi levantada
uma capela. hoje em ruínas, sob a invocação de São Miguel. No
começo do século passado, Diogo Pais Barreto instituiu um patrimônio a Santo Antônio,
abrangendo meia légua desses terrenos, sob a condição de que nele se erigisse uma
capela ao referido santo. Os seus herdeiros ratificaram essa disposição e a capela foi edificada, consoante o desejo do doador. Data daí o início do povoamento de Barreiros. As escavações e depressões feitas nas circunvizinhanças pelos porcos do mato (caititus) para seus espojeiros deram o nome à localidade nascente, pois os índios
começaram a denominá-la de barreiros. Muito próximo a êsses
barreiros, o local onde começou a crescer e fixar-se um núcleo
populacional, anos depois, tornou-se a sede do Município.
A antiga aldeia dos índios ficou, então, conhecida pelo nome de Barreiros Velhos,
enquanto que o local da atual cidade ficou sendo chamado apenas Barreiros.
Gentílico: barreirense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Miguel
de Barreiros, em 1786. Pelas leis provinciais n 314, de 13-05-1853, Barreiros adquiriu o distrito de Àgua Preta do município de Rio Formoso. Pela
leis provinciais nº 460, de 02-05-1869 e 1045, de 12-05-1879, desmembra da vila
de São Miguel dos Barreiros o distrito de Água Preta. Pelas
lei provinciais nº 460, de 02-02-1869 e 1045, de 12-05-1879, desmembra da vila
de São Miguel de Barreiros distrito de Água Preta. Elevado à categoria de vila. Elevado
à condição de cidade e sede do município com a denominação de Barreiros, pela
lei estadual nº 38, de 03-06-1892. Pela lei municipal n 5,
de 30-12-1901, são criados os distritos de Coroa Grande e Pracinha
e anexados ao município de Barreiros.
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